Terça feira, finalmente, o dia do embarque no Buque AMADEO I com destino a Puerto Montt.
Desde ontem a tarde e a noite eu olhava para o local de embarque para ver se via o Navio ancorado, mas o mesmo nada de chagar.
Quando acordei, dei uma olhada pela janela, procurando pelo Navio, eram 7 horas da manhã e nada de o dito aparecer.
Fui tomar café, e quando menos esperava lá pelas 7:30 olhei para o lago ao lado e que surpresa, estava chegando o enorme Navio, comparado com os pequenos barcos que navegavam ate o momento. Ele passou direto do local de embarque, veio até em frente ao hotel, no meio do lago, fez a volta e ai sim atracou no local de embarque. Parecia que estava desfilando para se mostrar especialmente para mim justo em frente ao local do desayuno.
Realoquei as coisas nos bauletos para levar apenas um para a cabine, devido ao pouco espaço destinado a cada passageiro.
Neste buque AMADEO I tem apenas 60 lugares e as cabines são de 4 ou 6 passageiros.
O critério de alocação das cabines funciona assim. Nas de quatro lugares colocam dois casais e nas de 6 lugares separam cabines de 6 exclusivamente masculinas e cabines de 6 exclusivamente femininas.
Saímos as 11 horas do hotel e fomos fazer ADUANA.
Perguntei por curiosidade qual a necessidade de fazer ADUANA se estávamos embarcando no Chile e também desembarcaríamos no Chile.
A funcionaria gentilmente explicou que como esta região do Chile era uma zona franca, se fazia necessário o controle de ADUANA controlando a entrada e saída da zona franca.
Lembrei que quando passamos por IQUIQUE, que também é zona franca, foi necessário passar pela aduana pela mesma razão.
Bem seguem os tramites, preenche formulário, apresenta documento de entrada da moto no Chile, assina, carimba, passa para outro setor, preenche outro papel, carimba, assina, vai no setor seguinte que só carimba e assina, tudo pronto na aduana, agora voltar na agencia da NAVIMAG.
Apresentamos esta papelada, com todos os carimbos e o funcionário fez um manifesto de carga.
Ficou com todos os papeis devidamente carimbados e assinados e nos entregou o manifesto para embarque.
Assim tínhamos a passagem já do dia anterior e o manifesto para embarcar a moto.
Agora era aguardar 14 horas quando embarcaríamos com os demais passageiros, levando junto nossas motos.
Saímos para fazer um lanche na cidade, fomos a uma pousada, bem no centro da cidade que tinha uma excelente lanchonete com sandwiches muito bons.
Ficamos por la fazendo hora até 13:30 pois na rua o vento era muito forte e gelava as orelhas.
Enquanto esperava em frente a agencia da NAVIMAG o vento e frio era tanto que o melhor era ficar com o capacete fechado o tempo todo.
Quando chegamos pela manhã na ADUANA, encontramos um colega motociclista da COLÔMBIA que tinha entrado no Brasil por Manuas, desceu pelo interior do Brasil, foi até Ushuaia e estava voltando via Chile. Lamentavelmente sua moto uma DUCATI está pifada. O pinhão que traciona a corrente estava moído…. E o pior que não encontra peça por aqui. Estava tentando uma passagem no Buque mas o mesmo estava lotado e não estava conseguindo.
Na hora do embarque o Colombiano estava lá e apenas conseguiu despachar a sua moto no compartimento de carga (Este estava mais folgado e era muito grande – Permite em torno de 60 carretas ).
Certamente ele iria buscar um outro tipo de transporte para encontrar sua moto em Puerto Montt.
Dependendo do ônibus e das conexões atá talvez chegue antes de sua moto que vai chegar na sexta feira em Puerto Montt.
Na hora do embarque foi um pouco improvisado, todas as pessoas carregando malas e mochilas foram conduzidas ao Buque, caminhando todo o trecho desde o escritório da Navimag até o Cais e depois até o Navio.
Nós seguimos de moto o grupo de embarque.
Tem uma plataforma, elevador, que elevam os carros, caminhões e carretas para o porão superior. Todos nós ficamos de pé nesta plataforma e o elevador subiu para o próximo nível.
Aqui via escada tinha mais um andar para os camarotes.
Descarreguei o Bauleto próximo a escada e conduzi a moto para o interior do porão onde foram devidamente amarradas em uma estrutura própria do navio.
Todos os carros, caminhões, e carretas são firmemente amarrados com correntes presas ao piso.
Depois de acomodar a bagagem parte no próprio beliche junto aos pés, todos os passageiros foram reunidos no salão principal de refeições para as instruções padrões de segurança.
O restante da tarde até a partida que ocorreu as 18:30 horas foi para explorar os corredores e decks do navio e acompanhar a rotina intensa de carga das carretas nos dois porões do navio.
A noite após a janta, aproveitei para passar as fotos para o HD externo e carregar as baterias das câmeras.
Detalhe que tudo isto deitado no beliche superior, compartilhando o espaço da cama com carregadores, micros, tomadas e tudo mais necessário.
Tomei um banho, chuveiro quentinho e idôneo. O banheiro era grande para um camarote de seis beliches.
Coloquei segunda pele blusa, segunda pele calça e dormir que o camarote estava bem aquecido…
Seguem fotos deste embarque e partida de Puerto Natales:
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