Dia 33 – 27/01/2014 – De Villa Maria (Córdoba – Argentina) a Rivera (Uruguai)

Para esta segunda feira o objetivo traçado era de chegar até Rivera no Uruguai.

Assim o que estava planejado para três dias entre Santiago e Rivera estaria sendo readequado em dois trechos maiores, cada um em torno de 900 Km e ganhando um dia, poderia ficar em Rivera um dia inteiro para fazer compras e andar pelas lojas com calma.

No início ao sair da pequena cidade de Villa Maria, resolvi colocar a câmera GoPro e dar uma passeada pelas ruas principais circulando pela praça principal e depois saindo em direção a Ruta 9 que liga Córdoba até Rosário.

Duas cidades de grande porte e muito importantes nesta região que envolve as províncias de Córdoba, Santa Fé e Entre Rios.

Para minha surpresa a Ruta 9 tinha sinalização indicando velocidade máxima de 130 KM/H.

Considerando uns 10% de tolerância vamos para 143 KM/h e considerando a diferença de 10 Km entre o marcado no GPS e o Velocímetro da moto ficou definido que o target era rodar marcando 150 KM/h no marcador digital de numero bem grande que indica a velocidade da Stenere.

E lá estava a rodar o tempo todo em 150 Km/h em uma autopista bem larga, com ótima pavimentação e bem poucos carros trafegando naquela manhã.

Interessante é que nesta velocidade a câmera GoPro encima do capacete ficava fora da área de aerodinâmica produzida pela bolha e assim o vento na câmera ficava forçando o capacete para trás.

Parei e tirei fora câmera guardando na bolsa do tanque. Assunto resolvido aerodinâmica com todo o vento passando acima do capacete sem nenhum obstáculo agora.

Também já vi que rodando nesta velocidade a reserva aparece logo após uns 200 km. Procura um posto de serviço e nenhum existe junto a autopista.

É necessário sair da autopista em algum lugarejo nas proximidades da ruta 9, abastecer e depois retornar para a ruta 9.

Então ficava o tempo todo calculando qual seria a próxima cidade que ficasse em torno de 200 km até 250 km e assim poder reabastecer com segurança.

Passando ao largo de Rosário, fui guiado pelo GPS para a ruta 174, passando por uma enorme ponte que cruza o rio Paraná, indo em direção a cidade de Victoria e de lá pela ruta 26 até Nogoya.

Na sequência seguia pela ruta 12 que depois passava para a ruta 39 em direção a Concepcion Del Uruguai.

Neste trecho quando o trevo da ruta 12 encontra a ruta 6 e a 39 tem um posto da policia e me pediram os documentos.

Um guarda muito gentil, perguntou de onde vinha, para onde ia, se estava sozinho, olhou os documentos e desejou boa viagem. Ainda pedi licença para usar a área de estacionamento do posto e colocar a capa de chuva pois as nuvens a frente mostravam pancadas de chuva.

Em Concepcion Del Uruguai encontramos a nossa velha conhecida Ruta 14 que vai aqui desde Bernardo de Irigoyen (Dionísio Cerqueira – SC) até Buenos Aires.

Assim entrando no sentido norte são uns 30 quilômetros até a saída da Argentina e entrada no Uruguai por Paysandu.

Estava na hora de abastecer e comecei a procurar um posto na sequência. Passei por um YPF grande que ficava na outra pista. Toquei mais uns 4 km e resolvi voltar, fazendo o retorno e vindo abastecer neste YPF grande que ficava quase na entrada do Camping Balneário El Viejo Molino.

Lá chegando fui informado que estavam descarregando gasolina e não era possível abastecer. Fui informado que no sentido para onde eu estava indo antes de entra para Colon / Paysandu tinham dois postos e poderia abastecer lá.

Continuava chovendo e saída do posto era por um acesso secundário até o trevo do Camping e com bastante lama. Logo que sai do posto cruzei com um carro da policia caminera em sentido contrario. Enquanto eu esperava para entrar na Ruta 14 eles chegaram por trás e ligando a sirene pediram para encostar. Ai me lembrei dos tantos relatos que já li sobre estes policiais corruptos da província de Entre Rios e fiquei pensando se ia sobrar pra mim…

Não deu outra!!! Como estava chovendo, desci da moto e já ia tirar a capa de proteção da bolça do tanque para pegar os documentos quando eles me chamaram para vir na janela do carro e falar com eles.

Me perguntaram se estava tudo bem, se eu estava viajando com a outra moto que estava parada no posto pois havia um comunicado que duas motos tinham passado em alta velocidade… Informei que não estava com outra moto e sim sozinho.

Dai pegaram um folheto no porta luvas, com instruções para turistas, relacionando todos os itens necessários para atender as leis da província de Entre Rios. Agradeci e achei legal que eles estavam me dando o folheto explicativo. Ai ele perguntou se eu tinha o “Botiquin de primeiros auxilios” e como eu não estava entendendo o que era, estando com o capacete semi aberto a balaclava e a chuva caindo, eles mostraram um estojo de pronto socorros que tinham no porta luvas. Falei que daquela forma em estojo eu não tinha, que tinha esparadrapo, bandaid e remédios normais.

Folheto da Polícia I

Folheto da Polícia I

Folheto da Polícia II

Folheto da Polícia II

Então já foram dizendo que teriam de multar e que a multa seria de R$ 600 reais. Detalhe que até o momento nem pediram os documentos… Dava para sentir que era pretexto para extorquir o pobre motociclista… Falei que a multa era muito cara e disseram que poderiam deixar por R$ 400 reais.

Expliquei que não tinha reais pois estava voltando e que meus pesos estavam no fim pois logo iria sair da Argentina.

Ai perguntaram quanto eu tinha em Dolar. Respondi que em dólar eu não tinha nada pois iria pegar dinheiro no Uruguai e depois no Brasil com o cartão.

Falei que só tinha 200 pesos na carteira. Disseram que era muito pouco para uma multa de R$ 600 reais. Negocia daqui negocia dali um olhava para outro e meio inconformados com a minha pobreza falaram que no mínimo 300 pesos. Disse que achava que tinha 300 pesos argentino e puxando a carteira escondi os US$ 300 dolares que estavam de um lado e peguei três notas de pesos argentinos, duas de cem e uma de dez. Ele logo disse que estava errado e que aquela de nota era de 10 e não de 100. Dei uma nota de 100 e ele foi bonzinho… me devolveu a nota de 10.

Com isto me liberei destes corruptos e foi direto para o próximo posto não sem antes anotar a placa da viatura e as coordenadas e horário no GPS.

Local da extorsão I

Local da extorsão I

Local da extorsão II

Local da extorsão II

Tem uma função chamada onde estou, clica no botão, pede para salvar, e no nome do ponto digitei a matricula da viatura. Estes dados registrados de hora, local e viatura ainda podem ser úteis no futuro. (Matricula EYK180 – 14:30 horas em -32,33335 e -58,26072)

Chegando ao posto pedi para abastecer, olhei o que tinha me restado de pesos e contei as notas encontrando um total de 30 pesos apenas… Perguntei para o frentista do posto, aceita tarjeta? Sim! Sem problemas. Combustível pago com tarjeta. Entrei na loja de conveniências e comprei uma água e um sorvete. Gastei 18 pesos dos 30 mas como logo ia pro Uruguai pensei que levar apenas 12 pesos de lembrança seria legal.

Sai da ruta 14 ainda remoendo de raiva com o acontecido e parei para colocar a GoPro (agora parou a chuva) com o intuito de filmar a saída, cruzando a ponte sobre o rio Uruguai e a chegada no lado do outro pais.

Cabe ressaltar que esta Policia Camineira da RUTA 14 na Provincia de Entre Rios já está ficando famosa pelo seu comportamento… Veja o vídeo que segue de um colega motociclista indignado….

Enquanto estou indo vejo uma placa de pedágio e para moto era necessário pagar um valor que na hora não entendi pois tinham dois números.

Pensei será que tenho pesos suficientes? Bom agora não tem jeito se não der vou pagar em dólar e pronto!!!

Cruza a ponte e lá está o pedágio, junto a aduana, tudo em operação integrada com saída da Argentina e entrada no Uruguai.

Parei no guichê e a moça simpática falou: 14 pesos argentinos ou 37 pesos Uruguaios. Na placa constavam os dois valores por isso não entendi direito… Puxei a carteira e encontrei apenas 12 pesos…

Procurando 14 pesos...

Procurando 14 pesos…

Falei que eu até tinha pesos mas que aqueles policiais “amigos” tinham me ajudado a aliviar o peso dos pesos…

Pedi desconto, procurei moedas e só encontrei moedas do Chile e 25 centavos de peso argentino.

Ai sugeri pagar em dólar e a moça simpática respondeu, sem problemas são US$ 1,70 dolares. Peguei uma nota de US$ 20 dolares e ela falou que não tinha troco..

A moça já estava rindo do brasileiro sem dinheiro...

A moça já estava rindo do brasileiro sem dinheiro…

A esta altura uma nota de 2 pesos voou para uma poça de água e me restavam agora 10 pesos na mão. Mas um tiazinha que estava por ali resgatou os dois pesos, chacoalhou a água e entregou.

Resultado do imbróglio, teria que dar uma ré na moto, estacionar e ir trocar os 20 pesos para depois pagar.

Olhei para traz e estava trancado por uma camionete AMAROK e mais diversos carros que aguardavam o brasileiro sem dinheiro…

Ai a tiazinha que havia juntado os dois pesos esvoaçantes veio com mais dois pesos que foram me dados de presente pelo motorista da AMAROK que estava esperando atrás de mim.

OBA!!!!  veio 2 pesos de presente....

OBA!!!! veio 2 pesos de presente….

Agradeci com o polegar, resolvido os 14 pesos e lá entro eu no Uruguai com um déficit financeiro de 2 pesos, obrigação devida ao gentil motorista da AMAROK argentina com placas NAF980 a quem eu deixo aqui o meu registro de Muchas Gracias.

Agradecendo o cara da AMAROK

Agradecendo o cara da AMAROK

Depois que passei pela aduana tive oportunidade de agradecer ao motorista indo ate a camionete que estava logo atrás de mim nos tramites em outro guichê ao lado.

Toda esta trapalhada está filmada pela GoPro pois vinha ligada desde o início antes de cruzar a ponte.

Perguntei ao simpático atendente da ADUANA sobre uma casa de cambio e ele informou que deveria entrar em Paysandu que lá tinham diversas.

Pensei que entrar seria perda de tempo e eu só iria cruzar o Uruguai por 300 Km. Seria necessário abastecer mas no Uruguai todo posto aceita cartão de crédito.

Decidi tocar direto sem pesos uruguaios e chegar logo no Brasil pois real eu tinha em espécie guardados no bauleto desde a entrada na Argentina (Que os “amigos” da polícia de Entre Rios não saibam que eu também tinha reais…).

Estou viajando tranquilo, a chuva já tinha passado, ainda estava com capa e o sol na capa preta deixava tudo mais quente ainda…

Estou rodando na estrada, Ruta 3 do Uruguai em direção ao norte, ruta esta que vai encontrar a ruta 26 que leva até Tacuarembó (cidade que eu já conhecia de viagem anterior).

Minha alegria acabou quando vi uma placa de pedágio… e agora será que moto paga aqui no Uruguai?

Se tiver que pagar vou tentar pagar com dólar!! Fui chegando devagar no pedágio, olhando as placas de tarifa para ver se indicava o custo de moto e notei que não pagava… basta passar pela direita e estamos liberados sem necessidade de peso Uruguaio.

Esperava abastecer em algum posto neste trajeto até Tacuarembo mas não encontrei nenhum posto. A estrada estava bastante ruim neste trajeto inclusive com alguns locais sem asfalto e com terra mas bem firme e cheio de pedrinhas miúdas.

A velocidade foi sempre abaixo de 110 a 120 e para minha surpresa o consumo por litro passa para mais de 20 km/l. Assim no início da manhã naquela autopista andando a 150 Km/h depois de rodar 220 Km já entrava na reserva. Aqui rodei 270 Km até abastecer em Tacuarembó e ainda tinha uma barra no marcador antes da reserva.

Neste trajeto não tinha nada a não ser carros da argentina voltando do litoral do Brasil e caminhões carregando madeira para industria local.

Com o calor escaldante tirei a capa de chuva, troquei para luva de verão e lá vamos nós tocando para um destino previsto de 900 km desde a origem, que não chega nunca…

No horizonte tudo escureceu e vinha chuva forte. Para coloca capa de chuva novamente, encapa a bolsa do tanque, troca pra luva de inverno que é impermeável e lá vamos nos para a chuva…

Foi assim forte com aguaceiros intensos até chegar em Tacuarembó. Eram quase 19:00 horas e eu já estava pensando em ficar em algum hotel de Tacuarembó.

Um pouco antes de chegar na cidade, passei por uma placa que apontava para o museu Carlos Gardel mas como estava chovendo muito nem pensei em parar.

Segundo monumentos existentes na cidade Carlos Gardel é Uruguaio, nascido (11/12/1890) ai em Taquarembó ou na França em Toulouse (existem controvérsias), foi com dois anos para a argentina e morreu na Colômbia (24/07/1935).

Após abastecer a chuva parou, olhando para o lado de Rivera estava mais limpo o tempo e resolvi seguir adiante.

Foram mais 115 Km agora de uma ótima estrada a ruta 5 que aliada ao bom tempo que voltou inclusive até com um bonito sol, facilitou bastante alcançar o objetivo do dia.

A cidade de Rivera junto com a cidade brasileira de Santana do Livramento por ser divisa seca e as duas cidades estão uma ao lado da outra apresenta aquela situação de que um lado da rua é Uruguai e do outro lado Brasil.

Assim a aduana do Uruguai não fica na entrada da cidade e sim no centro da cidade. Fui direto lá para dar saída do Uruguai e depois segui para o hotel no lado brasileiro. Fui ao hotel JANDAIA, já conhecido de viagem anterior e agora esta melhor ainda após reformas realizadas.

Lá chegando na entrada estavam diversos colegas motociclista que mais tarde identifiquei como irmãos do Motoclube Bodes do Asfalto da facção de Florianópolis.

Uma canseira muito grande, um bom banho, ajeitar as coisas e depois uma boa janta no restaurante do hotel.

Amanhã será dia de folga e de compras. Vou gastar os trocados comprando perfumes encomendados e presentes para a neta.

Algumas fotos:

A ponte Internacional

A ponte Internacional

O valor do pedágio na ponte

O valor do pedágio na ponte

Ultrapassando a ponte

Ultrapassando a ponte

Chegando no pedágio

Chegando no pedágio

De Tacuarembó a Rivera  I

De Tacuarembó a Rivera I

De Tacuarembó a Rivera  II

De Tacuarembó a Rivera II

De Tacuarembó a Rivera Panorâmica

De Tacuarembó a Rivera Panorâmica

Dados do GPS:

Trajeto no dia 27/01/2014

Trajeto no dia 27/01/2014

Velocidade X Tempo no dia 27/01/2014 (Note a autopista com vel máxima de 130 km/h  no início da viagem)

Velocidade X Tempo no dia 27/01/2014 (Note a autopista com vel máxima de 130 km/h no início da viagem)

Trajeto no dia 27/01/2014  segundo Followmee

Trajeto no dia 27/01/2014 segundo Followmee

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Dia 32 – 26/01/2014 – De Los Andes (Los Andes – Chile) a Villa Maria (Córdoba – Argentina)

Nota

Era domingo, fazia um dia esplendido e estava começando a clarear sem nenhuma nuvem no céu.

Até já tinha me planejado para sair por volta das 6:00 horas mesmo sem café que só seria servido a partir das 7:00 horas conforme placa de aviso.

O hotel Don Ambrósio em Los Andes era bastante simples mas bem limpo e com uma única pessoa para atendimento muito simpática.

Para minha surpresa a Senhora me pergunta se eu queria café com leite ou chá para o desayuno…

Falei do horário de ser somente as 7:00 horas e ela me disse que já estava tudo preparado, só queria saber se era para esquentar o leite.

Assim saiu um café simples mas completo ate com sandwich quente de queijo e presunto. Bolo, doces, suco etc… Para quem ia sair sem café fiquei muito contente.

Pé na estrada e logo depois de Los Andes já começa a subida para atravessar as cordilheiras.

Como já sofri em outras épocas, com a queda de temperatura lá nas alturas, sai com segunda pele, luvas de inverno e pronto para baixa temperatura.

Para um domingo, com tempo ótimo, céu azul, boa estrada e um roteiro de mais de 800 km para cumprir, o dia estava perfeito para viajar, como nós motociclistas gostamos.

Quase nenhum movimento na estrada, ia tocando tranquilo quando de repente o trânsito está parado e um fila de uns 10 carros e caminhões aguardando a liberação.

Os caracoles estão em obras desde o ano passado. A pista esta sendo refeita e no momento apenas uma das vias está liberada enquanto a outra é reformada.

Levou uns 40 minutos para liberar e deduzi que deve ser um transito alternado de uma hora para cada lado.

Caracoles em obras

Caracoles em obras

Vista Retrovisor direito

Vista Retrovisor direito

Vista Retrovisor esquerdo

Vista Retrovisor esquerdo

Vista da GoPró

Vista da GoPró

O GPS com musica direto para o Cardo Q4

O GPS com musica direto para o Cardo Q4

Parado a frente!

Parado a frente!

Parado no meio!

Parado no meio!

Parado atras!

Parado atras!

Quando liberou logo passei por todos os veículos e foi uma subida bem legal com nenhum carro a frente para ultrapassar e nenhum em sentido contrário.

Não marquei quantos quilômetros era este trecho de mão única mas estimo que uns 75% da subida dos caracoles no lado chileno.

Como não sabia como era a aduana e controlando no GPS, quando acaba o Chile tem uma Aduana que e apenas para quem está entrando no Chile proveniente da Argentina.

Como eu não sabia, parei, me informei e fiquei sabendo que os tramites de saída eram feitos depois do túnel Cristo Redentor, em local de aduana integrada Chile/Argentina.

Passei pelo famoso túnel, rodei mais um pouco e então já estava no lado Argentino, meu conhecido de viagem anterior.

Em 2012 estivemos em Mendoza e pudemos fazer um passeio de Mendoza até o alto do Cristo Redentor.

Inclusive subindo até o topo e visitando todos os pontos turísticos como Ponte Del Inca, arredores e Uspalata.

O centro integrado da Aduana em Las Cuevas é muito bem organizado e funcional.

Um pouco antes uma barreira na estrada e um Senhor entrega um papelucho de controle anotando o número de passageiros.

Um enorme prédio onde se entra com o carro/moto e vai direto ao guichê para ser atendido em diversas filas uma para cada guichê.

Aguardei minha vez, documentos processados, um papelucho de controle com todos os carimbos de cada etapa que deveria ser entregue na saída (como nos demais postos).

Sai do posto com aquele papelucho de controle na mão, pronto para entregar e não tinha nenhuma pessoa para receber o mesmo…

Continuei a viagem e fiquei preocupado em estar levando este papel que aparentemente deveria ter sido entregue…

Passado uns 10 km ai sim tinha uma barreira na estrada e era lá o local de entrega do dito papelucho… Ufa…Agora estava na Argentina com a carteira contendo pesos chilenos e nenhum peso argentino.

Uma rápida parada em USPALLATA no posto de gasolina mas a fila estava muito grande e como ainda tinha meio tanque apenas passei pelo banheiro e segui viagem.

Em Potrerillos parei para abastecer e pude observar as montanhas com gelo em seus cumes.

O dia estava muito limpo sem nuvens e a visão era linda. Inclusive a vista do famoso Aconcagua estava deslumbrante. Na passagem anterior, dois anos antes, estava completamente nublado e não pude observar o cume como hoje assim de forma tão limpa.

Olhei no relógio, fiz check in no facebook, tomei uma água, facetime com Dona Silvana, tirei a segunda pele, troquei a luva para a de verão e vamos em frente.

Vale comentar que já tinha trocado o chip do celular para a MOVISTAR da Argentina, antes de sair em Los Andes.

O start do Followmee ainda no hotel em Los Andes foi feito via wireless do hotel.

Depois que sai do hotel não tinha mais acesso a internet mas o Followmee vai guardando os pontos a cada dez minutos e quando a internet foi ativada já do lado Argentina de uma só vez é transmitido todos os pontos acumulados.

Com este recurso de Internet 3G via celular é uma mão na roda. Tanto para acesso aos emails, WEB, redes sociais, etc… Inclusive em cada parada usava uma conexão via internet para via FACETIME chamar Dona Silvana, bater um papo, dar um reporte da viagem, fazer uma careta para a neta e até mostrar a paisagem em volta.

Descendo a cordilheira em direção a Mendoza o trânsito estava infernal no sentido oposto.

Acho que como era domingo pela manha o pessoal estava subindo para passear até o lago de Potrerillos ou Uspallata e arredores.

Passei por um comboio de caminhões (6) todos de Dionísio Cerqueira que estavam indo do Chile para o Brasil. Possivelmente levando frutas.

O trajeto nesta Ruta 7 é bastante monótono pois após passar na região metropolitana de Mendoza esta pista vira autopista, com retas intermináveis, um pouco de vento e pouco movimento.

O programado era parar a cada 200 km para abastecer e tomar uma água. Parei em La Paz e como o calor aumentava muito já fui tirando o forro da jaqueta. É como descascar cebola, vai tirando as camadas a medida que esquenta…

Segui até San Luis quando então o GPS apontou para um roteiro pelo interior, que eu nunca tinha passado mas muito legal, em direção a Rio Cuarto passando pela RP20, RP10 e RP30.

Uma cidade que entrei para abastecer foi La Toma. Detalhe que não temos postos ao longo das rutas e se torna necessário entrar no inicio da cidade para se abastecer.

Tempo bom, tarde linda, movimento de domingo e lá passamos por Rio Cuarto uma cidade maior na região.

Daí até Villa Maria é uma reta na RP158 que passa por algumas pequenas cidades, todas com sinaleiras e cruzando pelo centro das mesmas.

Região de muitas plantações de trigo e algumas empresas de porte para beneficiamento de grãos se encontram neste trecho.

Chegando em Villa Maria já por volta de 18:42 horas segundo o último ponto do FOLLOWMEE optei em procurar um hotel e por ali me hospedar.

Primeiro abasteci, selecionei o primeiro nome de hotel no GPS, fui até lá, não gostei, apontei para o segundo nome e quando estava chegando neste, bem no centro da cidade, avistei outro que pareceu mais idôneo…

Parei, gostei deste, tinha cochera e já tirei apenas um dos bauletos.

Depois de um banho, uma volta pela praça central, um bom restaurante e janta! Na volta para o hotel encontrei um calçadão mais animado ainda com muitos bares e restaurantes com suas mesas nas ruas.

Cidade alegre e simpática para um domingo a noite.

Com esta esticada de hoje e mais uma amanhã direto até Rivera no Uruguai, pretendo fazer em dois dias o trajeto que originalmente estava previsto para três dias.

Assim vou poder ficar um dia inteiro em Rivera descansando e fazendo compras sem pressa.

Algumas fotos:

Dados do GPS:

Roteiro do dia 26/01/2014

Roteiro do dia 26/01/2014

Velocidade X Tempo em 26/01/2014

Velocidade X Tempo em 26/01/2014

Altitude X Tempo em 26/01/2014

Altitude X Tempo em 26/01/2014

Roteiro do dia 26/01/2014 pelo Followmee

Roteiro do dia 26/01/2014 pelo Followmee

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