Após o café no hotel, junto com aquele mesmo pessoal que estavam na janta no dia anterior, saímos para enfrentar o temido Rípio.

Em frente ao hotel em Cerro Sombrero na saida

Inicialmente tinha em torno de 15 quilometras pavimentados, padrão chileno onde a estrada e construída em concreto.

Depois começou o Rípio, no inicio com bastante pedra solta mas depois foi ficando mais compactado o que facilita bastante.

A medida que vamos nos acostumando a viagem vai ficando mais tranquila.

De repente encontramos um desvio que já era preparação para o novo pavimento e ficou uma beleza, estrada de terra bem compactada e sem pedra.

Apareceu um trecho de pavimento que deu exatamente 20 km. São 20 quilômetros de velocidade alta, sem poeira em estrada novinha, zero bala.

Passamos pela maquina que produz o concreto para o pavimento. Da largura das duas pistas vai gerando o piso para a nova rodovia de forma continua. Logo atrás vem o pessoal cortando aquele concreto para dar a devida folga na dilatação, ficando a estrada composta de grandes blocos de concreto.

O termino do pavimento e justo no trevo onde encontra as estradas que seguem para Porvenir e Cámeron (as margens da Bahia Inútil).

Daí ate o posto da aduana chilena temos mais 31 km de Rípio.

Procedimentos feitos na aduana chilena, temos mais 12 km ate a aduana argentina.

sem legenda…

Estacionamento na aduana chilena

KIOSKO na aduana chilena

Um KIOSKO concorrente no outro lado da rua

Cardápio…

Dona Silvana na aduana chilena

aduana chilena e seu KIOSKO

Procedimentos realizados na aduana argentina e agora só asfalto ate o Ushuaia.

Com relação a infra de comunicações notamos uma característica interessante naquela latitude tão ao sul. Muitos satélites de comunicação estão posicionados próximos ao equador. Assim apontar a parabólica para estes satélites significa apontar para a linha horizontal (quase para o chão) e não para o alto como estamos acostumados aqui no Brasil.

Infra de telecomunicações

Paramos na cidade de Rio Grande onde abastecemos e fizemos um lanche no posto YPF.

O tempo estava fechado e no horizonte apareciam nuvens de chuva. Colocamos já as capas de chuva e saímos para o trecho final ate nosso destino principal.

Nas proximidades de Ushuaia depois de passar por Tolhuin tem uma serrinha antes de chegar.

Eu estava indo atrás de um carro quando notei que ele freiou do nada, eu diminui um pouco e descobri a razão dele ter freiado…

Era um buraco enorme que cai nele com as duas rodas… a pancada foi forte que os espelhos retrovisores e os faroletes desceram com a batida…felizmente a suspensão da Stenere aguentou a lambada…

Depois deste susto diminui a velocidade e fui procurando novos buracos, na chuva, escondidos, ate a chegada.

Chegando ao destino, descarregar todas as bagagens e se acomodar para ficar ai alguns dias. Para a estadia na cidade de Ushuaia optamos por alugar via AIRBNB uma hospedagem em casa de familia. Assim parte da casa do Claudio, com sala, cozinha, quarto, banheiros, sacada foi alugada para o período da estadia.

Algumas fotos:

Casa alugada em Ushuaia

Rua em frente a casa

Vista dos fundos na casa alugada I

Vista dos fundos na casa alugada II

Hora de brindar e bebemorar…

Silvana e Marli em frente a casa

Dona Silvana cozinhando e comemorando o fato de chegar ao destino depois de todo o vento da VENTAGONIA (Obs. Sentada por questão de segurança…)

Trecho percorrido segundo a monitoração do Followmee

Dados do GPS:

Roteiro do dia

Velocidade X Tempo

Conforme as previsões que tínhamos acompanhado no site da Internet wheather.com a intensidade do vento diminuiu neste dia.

O primeiro tramo (trecho) até Esperanza, foi muito bom e com quase nenhum vento.

Na saída do hotel KOI AIKEN

No posto em Esperanza (Sem filas neste dia)

O único posto que serve de rodoviaria, restaurante e o que for preciso…

Nunca abre pois nunca fecha….

A viagem rendeu bem. Conversando com o Marcio e vendo que estava indo bem pensamos em seguir adiante alem de Rio Gallegos indo até Cerro Sombrero.

Ficamos de decidir quando chegarmos em Rio Gallegos, considerando também a reserva do hotel em Cerro Sombrero que teria de ser antecipada um dia.

Chegando em Rio Gallegos, era meio dia e dava para continuar até Cerro Sombrero principalmente considerando que o vento não estava forte.

Nada como ter um chip do celular local. Liguei para o hotel em Cerro Sombreiro e confirmamos a reserva para um dia antes do anteriormente programado.

Mandei um e-mail para o local onde tínhamos reservado em Ushuaia para saber se podíamos entrar um dia antes.

Com isto antecipávamos a chegada e ficaríamos um dia a mais em Ushuaia.

Enquanto estávamos no posto de Rio Gallegos, no restaurante, fazendo o almoço baseado naquele sandwich especial dos YPFs chegou um casal com duas Yamaha XT 660 Z, bem equipados, cada um com sua moto.

A moca era tão magrinha que ficamos imaginando como ela dominava aquela XT600.

Depois conversamos bastante com os dois, o SIMON e a IVANA da SLOVENIA.

Eles estão fazendo uma volta ao mundo estavam retornando do USHUAIA, iam para El Calafate e de la subiriam via Chile.

Tem o site moto-world.eu com as informações desta viagem que o casal está realizando.

Perguntamos como estava o Ripio e disseram que estava muito bom! Como eles são adeptos de trechos OFF Road, já que vão subir pela Ruta 40, não sabemos se o parâmetro de muito bom e valido!!!

O trecho de Rio Gallegos a Cerro Sombrero foi tranquilo, com um pouco de vento mas nada de muita intensidade.

Passamos pelo estreito de Magalhães, usando o Ferry, que atende esta travessia.

Aguardando o Ferry ao lado de muitos cordeiros Patagonicos

O entra e sai do Ferry

Saindo um caminhão grande…

Este viaja com sua casa…

Um barco enorme, preparado para embarcar de uma só vez dezenas de carros e caminhões.

Colocamos a moto no cavalete e como a travessia estava tranquila deixamos as motos e fomos para o local dos passageiros, com bancos e cafeteria.

Aqui as motos no cantinho do Ferry

Acomodando os caminhões

Na sala dos passageiros

A rampa de entrada e saída

Vista da cabine do piloto

O mar estava sereno…

Os cordeiros patagônicos em três andares

a ver navios…

Após a travessia rodamos em torno de 37 quilômetros, desde Bahia Azul e chegamos a tarde no hotel Tunkelen de Cerro Sombrero.

Como já e nosso habito, se vamos sair no dia seguinte já na chegada passamos em um posto para abastecer, antes mesmo de dar entrada no hotel.

No restaurante do hotel TUNKELEN – Bandeiras do Chile e da Província local

Flores diferentes no TUNKELEN

O hotel Tunkelen é confortável e acolhedor.

Tinha um banheiro com ducha que saia água de tudo que era lado, coisa diferente como eu nunca tinha visto.

A noite jantamos no hotel, que oferecia prato único para nos e para mais uns 40 hospedes que eram tipo residentes no alojamento anexo ao hotel.

Eram operários e engenheiros de empresas que trabalham na região, tipo petroleiros.

Conversando com o dono do hotel pedimos informação sobre qual dos dois roteiros devíamos escolher. O da RN257 ou o da Y79. Informou que o treco pela Y79 tinha um pedaço pavimentado no inicio, outra parte também já pavimentada mais adiante e estava em obras com esta pavimentação.

Claro que vamos neste que já tem algum pavimento pronto.

Também no inicio da noite encontramos o Iuri Machado de Porto Alegre que estava fazendo o mesmo trajeto nosso.

Foto tirada de dentro da janela do hotel as 10 horas da noite. Aparece a moto do Iuri.

Vamos dormir e levantar cedo para conhecer o tal do Rípio tão famoso…

Dados do GPS:

Roteiro do dia

Altitude X Kilometragem